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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Minhas (ou melhor, dos meus gatos) caixas de areia

Em resposta a um comentário que postei no blog "Diário de Dois Gatos", uma usuária pediu-me para publicar fotos das caixas de areia que fiz para meus gatos. Aqui vão elas, mas antes uma explicação, para o caso de o assunto interessar ou puder ser útil a mais alguém.

Tenho quatro gatos que, pela ordem de chegada, são: Mingus (o "Bonitão", macho, 5 anos), Mia (a "Fofinha", fêmea, 4 anos), Nica (o "Grude", fêmea, 2 anos e meio) e Kika (o "Tição", fêmea, idade indefinida, foi recolhida das ruas com um sério ferimento na pata dianteira direita: tinha os "dedinhos" amputados e uma única unha restante aponta para cima). Como todo dono vassalo de gatos sabe, o maior, talvez único, problema com eles é encontrar o produto ideal para seus "banheiros". E o produto (a "areia") ideal, no caso, é aquele que absorva ao máximo o odor da urina dos felinos e, de quebra, facilite a limpeza. Pois acho que encontrei o produto ideal: granulado de madeira. Trata-se de serragem de madeira comprimida em forma de pequenos cilindros; quando umedecido pela urina, o granulado dissolve-se e volta à forma de serragem. E seu poder de absorção do cheiro é impressionante! Só quando as caixas ficam sem limpeza durante muitos dias o granulado fica muito úmido o cheiro torna-se perceptível..

No meu caso, fabriquei caixas que permitem "peneirar" o granulado dissolvido, facilitando a limpeza. Cada caixa consiste em duas bandejas plásticas (dessas empregadas em açougues e peixarias e que são facilmente encontradas em lojas de embalagens, de artigos para casa ou mesmo lojas de 1,99), colocadas uma sobre a outra. A bandeja superior tem o seu fundo cortado e nele cola-se uma tela plástica, de malha variando entre 3 a 6 mm (serve qualquer malha entre números 8 a 4, se é que ainda se numeram as malhas de tela como antigamente). O importante é que a malha da tela não seja tão fina a ponto de não permitir da passagem da serragem (isto é, do granulado dissolvido pela umidade) nem tão grossa a ponto de não reter o granulado ainda seco (não dissolvido). Na verdade, a tela não foi colada (é dificílimo colar plástico): com um ferro de soldar, derreti as extremidades da tela até fundi-la com o plástico; depois, sobre essa "solda", passei uma camada de cola quente, apenas para alisar a superfície, não permitindo que a serragem entranhasse e tornando mais fácil a limpeza e higienização da caixa. Para a limpeza diária, simplesmente agito todo o conjunto; o granulado dissolvido desce (é peneirado) para a bandeja inferior, de onde é facílimo removê-lo, e na bandeja superior ficam apenas o cocô e o granulado seco e ainda bom para uso.

Uma das primeiras caixas que fiz. A bandeja inferior não sofre qualquer modificação; a superior tem o fundo cortado e aplicada a tela (no caso, de malha fina, visível à esquerda).

As caixas (no caso, de uma leva posterior, desta vez com tela de malha maior), separadas. Acima, a bandeja superior, com o granulado intacto; abaixo, a bandeja inferior, com o granulado dissolvido.
A bandeja superior, vista de cima. Foram cortados quatro triângulos do fundo da bandeja, deixando um reforço central em forma de "X".

A bandeja superior, vista de baixo, com o reforço central bem visível.

Amostras das malhas das telas utilizadas; pode ser usado qualquer tamanho entre esses apresentados.

Detalhe da união entre a tela e o fundo da bandeja e da cola quente (opcional) aplicada.

O granulado: à esquerda, como fica quando umedecido.
Um efeito colateral interessante desta solução é que a limpeza das caixas fica tão facilitada que não dá trabalho algum fazê-la várias vezes por dia, mantendo-se o banheiro dos bichanos sempre limpinho.